A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS PARA O DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICOS NA SALA DE AULA
Neura Lucia da Silva[1]
Ana Paula da Silva[2]
Suziclei Martins Toro Gasi[3]
RESUMO
A presente pesquisa busca investigar, a importância dos jogos para o desenvolvimento da matemática na sala de aula, buscando mostrar que o professor precisa mudar e sair do modo mecânico de transmitir conhecimento, realizando através de jogos de forma lúdica e dinâmica uma melhor compreensão de noções matemática, procurando até mesmo um suporte nos fatos de nosso cotidiano; Através de atividades lúdicas o que pode desenvolver o prazer e o interesse de estudar matemática desde as series iniciais. Ao repensarmos nas metodologias de ensino e discutirmos sobre jogo como influencia matemática e ao buscar pesquisas sobre o assunto em livros e webs percebemos que, quando a criança aprende a matemática de forma lúdica através de jogos e brincadeiras a mesma tem um desenvolvimento e uma percepção matemática muito maior e não só apenas nas series iniciais mas também ao longo do processo escolar.
Palavra chave: desenvolver o prazer e o interesse de estudar matemática, a importância dos jogos, desenvolvimento matemático.
Abstract
This study investigates the importance of the games to the development of mathematics in the classroom, trying to show that the teacher needs to change and leave the mechanical way of transmitting knowledge, performing through games in a playful and dynamic way a better understanding of notions mathematics, even looking for a support in the facts of our daily lives; Through fun activities that can develop pleasure and interest to study mathematics from the early series. To rethink the teaching methodologies and discuss about the game as mathematics influences and to pursue research on the subject in books and webs realize that when children learn math in a fun way through games and play the same has a development and a mathematical perception much larger and not only just in the initial series but also throughout the school process.
Keyword: develop pleasure and interest to study mathematics, the importance of the games, mathematical development.
INTRODUÇÃO
A grande relevância dessa pesquisável da observância dos professores em relação a dificuldade de aprender a matemática através do método, tradicional. Daí a necessidade de desenvolver este tralho, adotando assim, mais uma ferramenta além do livro didático e as atividades que muitas vezes não desperta interesses nas crianças. Essa ferramenta didática que é o jogo na sala de aula, pode ser usada como estratégia do ensino aprendizado dos alunos, com enfoque cognitivo entre o conhecimento e a concepção de aprender.
.De acordo com Piaget ,
A atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona a aprendizagem- ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas, o que sustenta a aprendizagem é o cognitivo.
Os jogos desempenha um papel importantíssimo na aquisição do conhecimento matemático. Ao permitir que a criança expõe suas ansiedades, suas curiosidades e suas imaginações por meio dos jogos elas estarão recebendo direito da aprendizagem de forma mais prazerosa.
No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais de matemática, pontuam que estes: “constituem, uma forma interessante de propor problema, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégia de resolução de problemas e busca de soluções. Propicia a simulação de situações- Problema que exigem soluções vivas e imediatas o que estimula o planejamento das ações”.[...](p.42)
Através dos jogos o aluno explora diferentes tipos de situações- problema, explorando nos objetos na comunicação entre os colegas varias situações lúdicas tendo a oportunidade de apropriar novos conhecimentos, pois são levados a pensar, levantar hipótese, confrontar, discutir e interagir.
Segundo Smole (2000,p.14)
Brincar é mais que uma atividade lúdica é um modo pra obter informações, respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidades, vontade de experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança, raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar.
Os jogos e brincadeiras matemáticas costumam ser um tema bastante discutido entre professores com licenciatura em matemática, mas é um assunto que também interessa e muito os professores com licenciatura em pedagogia e deveria ter uma maior preocupação em desenvolvê-los nas sala de aula, pois na maioria das vezes são os pedagogos que inicia o desenvolvimento de aprendizagem matemático, sabemos que o gosto pela matemática se desenvolve nos primeiros contatos com os números. Esta pesquisa tem como publico alvo os alunos das series iniciais do ensino fundamental, sabemos que é a fase onde as primeiras ideias e impressões sobre matemáticas começam a ser construídas.
De acordo com os PCNS, o jogo é um procedimento natural, no desenvolvimento do processo psicológico básico, além de ser uma ferramenta de suma importância no processo ensino aprendizagem tem uma enorme influencia no desenvolvimento da criança como afirma Kishimoto:
A importância do jogo no ensino é indiscutível, tanto para o desenvolvimento como para a educação. “A infância carrega consigo as brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração.”
(KISHIMOTO, 1996, p.11)
Os jogos nas series iniciais tem uma imensa importância tanto para o desenvolvimento intelectual quanto para os processo para o processo psicológicos básicos e também como meio de interação social de cada sujeito.
Diante das dificuldades que as crianças tem ao se relacionar com a matemática que encontramos em nossa pesquisa é de grande importância que o professor busque priorizar não a reprodução e sim a construção de conhecimentos, devem ser trabalhado experiências que desperte o interesse dos alunos, que aproxime o aluno do professor e ainda demite aquela linha de raciocínio do educador que os alunos devam sempre permanecer sentados sem se expressar ou trocar ideias com os colegas.
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS
Os jogos matemáticos estimulam desafios fundamentais para despertar a curiosidade das crianças, aguçando o interesse pela a atividade proposta, isto é, colabora na concepção da aprendizagem. Diante a uma atividade de multiplicação por exemplo, a criança sente o desejo de manipular o material que está sendo usado no momento do jogo, com isso, ela é estimulada a executar seu pensamento e modo de agir para resolver as temáticas propostas.
Vigotsk (1999) assegura que
Os procedimentos de criação são observáveis principalmente e, quando a criança joga, a mesma determina e representa aquilo que viu ou vivenciou.
Neste sentido, para que o jogo seja mesmo significativo, o professor como mediador, deve planejar bem o jogo antes de apresenta-lo aos alunos, transformar a sala de aula em um local aberto com espaços para a manipulação do material rico de significados, bem com observar as tentativas durante a realização do jogo, apoiando- o em seu desenvolvimento. Cabe ao professor assegurar a cada participante do jogo o direito de pensar, expressar seus sentimentos, expor suas ideias e criar outras a partir das discussões realizadas, ou seja, possibilitar aos alunos o direito de apreciar o jogo e sua aprendizagem de forma prazerosa e enriquecedora. KISHIMOT, 1994,p.22 “Através do jogo temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de resolver problema”.
Desenvolver o prazer e o interesse de estudar matemática
Sabemos que desde o inicio da vida escolar existe um temor que desmotiva os alunos a aprender matemática, temor este que pode ser passado de pai para filho, formando uma mitologia em cima da matemática de é muito difícil de ser aprendido, o próprio professor com metodologias tradicionais pode de certa forma transmitir essa insegurança para os alunos, onde acarretara em uma influencia negativa tornando a aprendizagem da disciplina em um processo de complicações já assim como a alfabetização é uma sequencia processual onde o aluno vai aprendendo de acordo com a fase em que se encontra o aprendizado da matemática não diferente pois depende do que se foi aprendido anteriormente para o que será aprendido depois.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 38):
[...] tem-se buscado, sem sucesso, uma aprendizagem em Matemática pelo caminho da reprodução de procedimentos e da acumulação de informações; nem mesmo a exploração de materiais didáticos tem contribuído para uma aprendizagem mais eficaz, por ser realizada em contextos pouco significativos e de forma muitas vezes artificial.
‘ Assim percebe-se que o ensino da matemática que é organizado pelo professor de forma reprodutiva , por meios de procedimento e por acumulação de informações, realiza-se de forma ineficaz, onde não desperta o interesse do aluno, já que a simples reprodução para o mesmo não representa de forma significativa a aprendizagem. Sendo assim observamos que é importante a reflexão do professor diante do ato de ensinar elaborando sempre de forma dinâmica mediando o conhecimento.
Segundo a concepção construtivista de Jean Piaget
Hoje, a visão é contrária: percebe-se a importância da associação da eficiência do ensino coma compreensão de como se processa a aprendizagem, e descobre-se que, sem a aprendizagem, O ensino não se consuma. Essa posição ressalta o valor da perspectiva construtivista da aprendizagem e redefine o papel do professor, não mais de informador que, detendo o conhecimento, transmite-o aos alunos, mas um efetivo colaborador desse aluno, que leva este último a tomar consciência das necessidades postas pelo meio social na construção de seus conhecimentos com base no que já conhece. Em síntese, o papel do novo professor é o de usar perspectiva de como se dá a aprendizagem, para que usando a ferramenta dos conteúdos postos pelo ambiente e pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e os leva a se tornarem aptos a resolver problemas, ou quem sabe, criar “produtos” válidos para seu tempo e sua cultura. (ANTUNES, 1998, p. 98).
CONCLUSÃO
De acordo com a pesquisa, podemos constatar que inúmeros são os benefícios que a atividade com o jogo matemático pode proporcionar ao aluno. A prática dos jogos ajudará no desenvolvimento do conhecimento da aprendizagem, diminui o desinteresse nas aulas e apresenta um maior grau de independência com as atividades. È indispensável ampliar esse leque de opção como uma ferramenta pedagógica, desenvolvendo assim o raciocínio lógico, estimulando o pensamento individual e coletivo.
O estimulo através dos jogos é essencial para que a criança possa ter condições de realizar suas capacidades e de superar suas dificuldades. Então é imprescindível procurar alternativas para aumentar a motivação, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio, o senso cooperativo e respeito mutuo entre os alunos. Diante disso, o professor terá um novo papel pedagógico mais aberto, ajudando na tarefa de construção de conhecimento do aluno.
Para Alves Callois (2001) costuma se justificar a importância desses elementos apenas pelo caráter “motivador” ou pelo fato de se ter “ouvido falar” que o ensino aprendizagem acontece a partir do concreto ou, ainda através deles as aulas ficam mais alegres. Na verdade as brincadeiras devem ser trabalhadas como forma de ensino de formação psicomotora e social.
Percebemos que essa ferramenta de estudo com o passar do tempo foi sendo descoberta e aprimorada para ser usada nos dias atuais como método de ensino, além de ser uma forma divertida e fora dos padrões convencionais ou tradicionais, retos e metódicos.
REFERÊNCIAS:
SANTOS, Marinalva P. dos e MARTIN, Marisa A.D.FTED Faculdade Tecnológica Equipe Darwin e, IEPS-MT Instituto de Ensino e Pós Graduação de sinop ano 2012, vol. 02 Revista Científica Especialização em Educação
KISCHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação/ Tizuko Mochiba da Kishhimoto. 10 ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
VIGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente, São Paulo: Martin Fontes
PIAGET, Jean. O Juízo Moral da Criança. Trad. De Elzon Leonardon. São Paulo: Summus,1994.
SILVA, Bárbara Tavares da1ARAÚJO, Junivan Gomes de2ALVES, Suênha Patrícia3ARAÚJO, Francinário Oliveira de4
www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/.../CC_4.p...
O Papel do jogo e de outros recursos www.fanap.br/interlink/o_papel_do_jogo.pdf
[1] Licenciatura plena em Pedagogia. Atua como professora na E.E Rene Menezes Extensão Agrovila. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[2] Licenciatura Plena em Pedagogia. Atua como professora na E.E.Professora Maria de Fátima Gimenes Lopes. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[3] Licenciatura em Pedagogia. Atua como prfessora na Creche Municipal Alvorada. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.